sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Vou tentando me esquecer de mim.


É impressão ou no inverno a gente fica meio frio também? Eu mesmo, estou aqui revivendo momentos que prometi não retroceder; é coisa de inverno? Você jura esquecer (e esquece) – mas nós juramos errado porque sempre acabamos lembrando. Essas lembranças efêmeras é que vão me desregulando todo, vou me contorcendo e me revirando dentro de mim até chegar onde eu já não me sou; depois passa, volto. 
 Procurei uma música meio reggae pra ir relaxando e ir me encasulando no cobertor sem me lembrar do verão que nós fizemos um dia... não consegui. Corri pra cá só pra tentar exorcizar essa minha parte morta que ainda pulsa. Desculpa, mas nesses dias eu não consigo suportar o tal de nós. É a ausência, sabe? Machucou demais; desisti. Essa minha ausência vive me causando irritação; ver qualquer tipo de ‘nós’ é como mexer na ferida, sabe como é. Cutuca-me e vai embora; vou ficando e sendo levado pela maré – reaprendendo as várias formas que o nós têm de morrer.

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